O
que é a mentira?
Por que mentimos?
Vale a pena mentir?
Há mentira sem mal nenhum, mentira inocente?
"Devemos mentir para salvar
a vida de um amigo? – Não, diz Kant (2)
Kant defende que a proposição “deve-se dizer a verdade” deve ser posta em prática em qualquer circunstância. De acordo com a primeira formulação do imperativo categórico – que é um critério distintivo do que é moralmente certo e do que é moralmente errado -, dizer a verdade é uma acção universalizável; e, de acordo com a segunda formulação desse imperativo, trata-se de uma acção que não instrumentaliza as pessoas e em que estas são consideradas fins em si mesmas e não apenas meios.
Deste modo, a norma: “deves dizer a verdade” é um princípio moral objectivo, independente da situação, dos desejos particulares do agente e das consequências possíveis da sua aplicação.
Esta ideia do valor moral da acção depender da obediência a uma regra vinculativa para todas as pessoas, aplicada de modo imparcial, pode também ser encontrada no senso comum, por exemplo na expressão: “agir sem segundas intenções”. Significa isto que ser honesto apenas por interesse, para receber algo em troca, pode ser sinónimo, na linguagem comum, de instrumentalizar as outras pessoas, de realizar uma acção incorrecta ou pelo menos de valor duvidoso.
Na perspectiva kantiana, a moralidade da acção depende da intenção ou motivo. Os seres humanos, por serem racionais, são dotados de consciência moral e, por isso, podem compreender que determinados princípios morais (como não mentir, não matar, dizer a verdade) são deveres incondicionais e absolutos. Há também a possibilidade de, enquanto seres sensíveis que somos, seguirmos os nossos sentimentos e inclinações sensíveis. Contudo, cabe à vontade, em vez de se orientar por desejos ou necessidades particulares, subordinar-se apenas a motivações racionais e agir exclusivamente por respeito ao dever, praticando o bem pelo bem."
Fonte: http://duvida-metodica.blogspot.pt/p/cont.html
Kant defende que a proposição “deve-se dizer a verdade” deve ser posta em prática em qualquer circunstância. De acordo com a primeira formulação do imperativo categórico – que é um critério distintivo do que é moralmente certo e do que é moralmente errado -, dizer a verdade é uma acção universalizável; e, de acordo com a segunda formulação desse imperativo, trata-se de uma acção que não instrumentaliza as pessoas e em que estas são consideradas fins em si mesmas e não apenas meios.
Deste modo, a norma: “deves dizer a verdade” é um princípio moral objectivo, independente da situação, dos desejos particulares do agente e das consequências possíveis da sua aplicação.
Esta ideia do valor moral da acção depender da obediência a uma regra vinculativa para todas as pessoas, aplicada de modo imparcial, pode também ser encontrada no senso comum, por exemplo na expressão: “agir sem segundas intenções”. Significa isto que ser honesto apenas por interesse, para receber algo em troca, pode ser sinónimo, na linguagem comum, de instrumentalizar as outras pessoas, de realizar uma acção incorrecta ou pelo menos de valor duvidoso.
Na perspectiva kantiana, a moralidade da acção depende da intenção ou motivo. Os seres humanos, por serem racionais, são dotados de consciência moral e, por isso, podem compreender que determinados princípios morais (como não mentir, não matar, dizer a verdade) são deveres incondicionais e absolutos. Há também a possibilidade de, enquanto seres sensíveis que somos, seguirmos os nossos sentimentos e inclinações sensíveis. Contudo, cabe à vontade, em vez de se orientar por desejos ou necessidades particulares, subordinar-se apenas a motivações racionais e agir exclusivamente por respeito ao dever, praticando o bem pelo bem."
Fonte: http://duvida-metodica.blogspot.pt/p/cont.html
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