27 November 2017

Os Sete Raios, por Alice Bailey




Os Sete Raios são a primeira diferenciação da divina triplicidade Espírito-Consciência-Forma, e proporcionam todo o campo de expressão para a Divindade manifestada. Dizem-nos as escrituras do mundo que a interação ou relação entre Pai-Espírito e Mãe-Matéria produz eventualmente um terceiro, o Filho, ou aspecto consciência. A este Filho, produto de ambos, se define esotericamente
como ―o Uno que foi o terceiro, porém é o segundo‖. A razão de tal terminologia reside em que primeiro existiam o dois aspectos divinos Espírito-Matéria, ou matéria impregnada de vida, e somente quando estes dois alcançaram sua mútua unidade (observem a necessária ambigüidade desta frase) que o Filho surgiu. O esoterista, no entanto, considera Espírito-Matéria como a primeira unidade, e o Filho, o segundo fator. Este Filho, a vida divina encarnada na matéria é, por conseguinte, o que produz a diversidade e a imensidão de formas, é a personificação da qualidade divina. Poderíamos para tanto empregar, para maior clareza, os termos Vida-Qualidade-Aparência, que podem ser substituídos pela triplicidade mais comum Espírito-Alma-Corpo ou Vida-Consciência-Forma.

Utilizarei a palavra Vida quando me referir ao Espírito, à energia, ao Pai, ao primeiro aspecto da Divindade e este essencial dinâmico Fogo elétrico, e que produz tudo que existe, e é a sustentadora, originadora Fonte e Causa de toda manifestação. Utilizarei a palavra Aparência para expressar aquilo que chamamos matéria, forma ou expressão objetiva; é esta aparência ilusória, tangível e externa animada pela vida. Este é o terceiro aspecto, a Mãe, ofuscada e fertilizada pelo Espírito Santo ou Vida, unida à substância inteligente. Este é o fogo por fricção — uma fricção originada pela vida e matéria em sua interação, que produz uma constante troca e mutação. Utilizarei a palavra Qualidade para expressar o segundo aspecto, o Filho de Deus, o Cristo cósmico encarnado na forma
— forma que veio à existência pela relação do espírito e da matéria. Esta interação produziu a Entidade psicológica denominada o Cristo. O Cristo cósmico nos demonstrou sua perfeição no que diz respeito à família humana através do Cristo histórico. Esta entidade psicológica é capaz de por em funcionamento ativo uma qualidade que existe dentro de todas as formas humanas, a qual esotericamente pode ― obliterar as
formas‖ e atrair tanto a atenção, que oportunamente será considerada o fator principal e que constitui tudo o que é. Tal verdade a respeito da vida, da qualidade e da forma, está bem claramente evidenciada para nós na história do Cristo da Galiléia. Continuamente recorda a seu povo que Ele não era o que aparentava ser, nem tampouco era o Pai no Céu, e todos os que O amam e O conhecem se referem a Ele em termos de qualidade. Demonstrou-nos a qualidade do amor de Deus, e encarnou em Si mesmo não só o que havia evoluído das qualidades dos sete raios, mas também, como fazem uns poucos filhos de Deus, o princípio básico do raio do próprio Logos solar, a qualidade do Amor.



Alice Bailey - Psicologia Esotérica I - Portugues


21 November 2017

Harmonia








"Esforçai-vos, diariamente, por entrar em Harmonia com toda a criação. Para isso, deveis primeiro estabelecer relações de harmonia com o Senhor, o Principio Criador, a Causa Primeira. (...)"

O.M.Aivanhov, em 'Harmonia e Saúde'


Queremos o puro ouro da pura consciência...


Pouco a pouco,
passo a passo,
os sábios removem as suas próprias impurezas
tal como o ourives as retira do ouro.

v.239



"Não importa a quantidade de objectos que nos é oferecida, isso nunca nos deixará completamente satisfeitos. Queremos o puro ouro da pura consciência e para tal precisamos de entrar nos fogos da purificação. Este verso instruí-nos em como tomar atenção à combustão: demasiado calor - estamos a esforçar-nos demasiado; calor suficiente - estamos a fugir das dificuldades, seguindo as nossas preferências visando o nosso conforto e facilitismo, o que leva a uma falta de evolução na nossa prática. Conforme os anos vão passando apenas vamos ficando mais tolos. Os nossos hábitos são as impurezas e com um gradual e refinado afinamento dos nossos esforços aprendemos a abrir mão. O objectivo de todo processo é a realização do estado de consciência luminosa. Teremos então algo inerentemente valioso para partilhar com os outros."

Dhammapada-Reflexões, Ajahn Munido

07 November 2017

06 November 2017



"Diz-se a respeito de um mestre Zen que ele era capaz de arrancar rochas muito grandes, remover rochas muito grandes – e ele era um homem muito frágil. Era quase impossível olhando para sua fisiologia. Homens mais fortes, muito mais fortes do que ele, eram incapazes de remover essas rochas, e ele simplesmente as tirava muito facilmente.

Perguntaram-lhe qual era o seu truque. Ele disse: ‘Não há nenhum truque – eu amo a rocha então a rocha ajuda. Primeiro digo a ela: Agora meu prestígio está em suas mãos, e essas pessoas vieram assistir. Agora me ajude, coopere comigo’. Então simplesmente seguro a pedra amorosamente... e aguardo o sinal. Quando a rocha me dá o sinal – é um estremecimento, toda a minha espinha começa a vibrar – quando a rocha me dá o sinal de que ela está pronta, então eu a movo. Você se move contra a rocha, é por isso que é necessária tanta energia. Eu me movo com a rocha, fluo com a rocha. Na verdade, é errado dizer que eu a removo – eu simplesmente estou ali. A rocha se move por si mesma.

Um grande mestre Zen era carpinteiro, e sempre que ele fazia mesas, cadeiras, de alguma forma elas tinham alguma qualidade inefável nelas, um tremendo magnetismo. Perguntaram-lhe: Como é que você as faz?

Ele disse: 'Eu não as construo. Eu simplesmente vou para a floresta: o básico é perguntar à floresta, às árvores, que árvore está pronta para se tornar uma cadeira’.

Se você é amoroso você verá que toda a existência tem individualidade. Não puxe nem pressione as coisas. Observe, se comunique; aproveite sua ajuda – e muita energia será preservada".

Osho 

05 November 2017

Árvore genealógica


"Por todo o Mundo, as pessoas desligaram-se da sua árvore genealógica. Estão desenraizadas há tanto tempo que se esqueceram do que significa estar ligado aos antepassados. E quando estamos desligados da nossa árvore genealógica, estamos desligados da árvore da humanidade."




Mandaza Augustine Kandemwa, curandeira tradicional

Em fase de Lua cheia...







“A meditação da Alma é de natureza rítmica, como tudo no universo. A Alma respira e a sua forma vive por isso. A natureza rítmica da meditação da Alma não deve ser passada por alto na vida do aspirante. Há um fluxo e refluxo em toda a natureza, e na maré do oceano vemos a maravilhosa representação de uma lei eterna. ...a idéia da resposta cíclica ao impulso da Alma acha-se por trás das atividades da meditação matutina, do reconhecimento do meio-dia e da recapitulação vespertina. Nos aspectos da Lua Cheia e Lua Nova, temos um maior fluxo e refluxo”. 

Alice A. Bailey


04 November 2017

Vida


" A morte não existe,
somos todos imortais
e tudo é imortal.
Aos dezassete não devemos temer a morte,
nem aos setenta".


Arseny Tarkovsky



01 November 2017

Da vida à morte à vida

Nascemos da escuridão, para a escuridão voltaremos, porque tu és pó e ao pó voltarás.

A nossa relação espiritual com os antepassados começa com o entendimento de que a morte é um rio natural de passagem.




Quando os nossos entes queridos morrem, tomam o seu lugar como antepassados na nossa árvore genealógica. De lá, podem comunicar connosco para que nos sintamos seguros e reconfortados em tempos difíceis. Para desenvolver a nossa relação espiritual com os nossos antepassados temos primeiro de estar dispostos a acreditar na possibilidade de que há um lugar para além da  morte onde eles residem. É importante acreditar que eles podem e irão comunicar connosco quando precisarmos de apoio.

Os nossos antepassados estão sempre connosco, mas. muitas vezes é apenas quando os nossos pais ou avós morrem que abrimos a porta da nossa ligação a eles.

 Ao ligarmo-nos aos nossos antepassados , experimentamos a luz do amor que flui através da nossa linhagem familiar, deles para nós e daqui para os nossos descendentes.

Natalia O'Sullivan