Sobre o Amor
(...)
"Mesmo que ele suba até vós e acaricie os mais ternos ramos que tremem
ao sol, Também até às raízes ele descerá e abaná-las-à Enquanto elas se agarram à terra.
Como molhos de trigo ele vos junta a si.
Vos amanha para vos pôr a nu.
Vos peneira para vos libertar das impurezas.
Vos mói até à alvura.
Vos amassa até vos tomardes moldáveis;
E depois entrega-vos ao seu fogo sagrado, para que vos tomeis pão sagrado para a sagrada festa de Deus.
Todas estas coisas vos fará o amor até que conheçais os segredos do
vosso coração, e, com esse conhecimento, vos tomeis um fragmento do coração da Vida.
Mas se, receosos, procurardes só a paz do amor e o prazer do amor,
Então é melhor que oculteis a vossa nudez e saiais do amor, Para o
mundo sem sentido onde rireis, mas não com todo o vosso riso, e
chorareis mas não com todas as vossas lágrimas.
O amor só se dá a si e não tira nada senão de si.
O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor basta-se a si próprio.
Quando amardes não deveis dizer "Deus está no meu coração", mas antes
"Eu estou no coração de Deus".
E não penseis que podeis alterar o rumo do amor, pois o amor, se vos
achar dignos, dirigirá o seu curso.
O amor não tem outro desejo que o de se preencher a si próprio.
Mas se amardes e tiverdes desejos, que sejam esses os vossos desejos:
Fundir-se e ser como um regato que corre e canta a sua melodia para a
noite.
Para conhecer a dor de tanta ternura.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor; E sangrar com vontade e alegremente.
Despertar de madrugada com um coração alado e dar graças por mais um dia de amor; Repousar ao fim da tarde e meditar sobre o êxtase do amor;
Regressar a casa à noite com gratidão; E depois adormecer com uma prece
para os amados do vosso coração e um cântico de louvor nos vossos
lábios."
Kahlil Gibran, in "O Profeta"
(...)
"Mesmo que ele suba até vós e acaricie os mais ternos ramos que tremem
ao sol, Também até às raízes ele descerá e abaná-las-à Enquanto elas se agarram à terra.
Como molhos de trigo ele vos junta a si.
Vos amanha para vos pôr a nu.
Vos peneira para vos libertar das impurezas.
Vos mói até à alvura.
Vos amassa até vos tomardes moldáveis;
E depois entrega-vos ao seu fogo sagrado, para que vos tomeis pão sagrado para a sagrada festa de Deus.
Todas estas coisas vos fará o amor até que conheçais os segredos do
vosso coração, e, com esse conhecimento, vos tomeis um fragmento do coração da Vida.
Mas se, receosos, procurardes só a paz do amor e o prazer do amor,
Então é melhor que oculteis a vossa nudez e saiais do amor, Para o
mundo sem sentido onde rireis, mas não com todo o vosso riso, e
chorareis mas não com todas as vossas lágrimas.
O amor só se dá a si e não tira nada senão de si.
O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor basta-se a si próprio.
Quando amardes não deveis dizer "Deus está no meu coração", mas antes
"Eu estou no coração de Deus".
E não penseis que podeis alterar o rumo do amor, pois o amor, se vos
achar dignos, dirigirá o seu curso.
O amor não tem outro desejo que o de se preencher a si próprio.
Mas se amardes e tiverdes desejos, que sejam esses os vossos desejos:
Fundir-se e ser como um regato que corre e canta a sua melodia para a
noite.
Para conhecer a dor de tanta ternura.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor; E sangrar com vontade e alegremente.
Despertar de madrugada com um coração alado e dar graças por mais um dia de amor; Repousar ao fim da tarde e meditar sobre o êxtase do amor;
Regressar a casa à noite com gratidão; E depois adormecer com uma prece
para os amados do vosso coração e um cântico de louvor nos vossos
lábios."
Kahlil Gibran, in "O Profeta"